Inteligência Artificial: Mitos e Fatos
Atualmente é comum vermos propagandas e comerciais exaltando a Inteligência Artificial como sendo o diferencial para seus produtos e serviços. Imagine só, você perguntar ao seu celular qual a cotação do dólar ou mesmo se irá chover ou não e ele responder propriamente. Incrível não? Mas será que estamos realmente falando de inteligência artificial?
Primeiramente é preciso saber que IA não é algo novo. Na verdade, o início das pesquisas sobre redes neurais, por exemplo, data da década de 60 e 70. Quando seu celular entende que você está querendo saber sobre o tempo, na verdade ele está utilizando algoritmos para leitura e tradução de linguagem natural, apenas isso. Não que isso seja fácil de fazer, mas aí para eu chamá-la de IA é um pouco de exagero.
Não estamos falando também de máquinas que emotivas que se revoltam contra os seres humanos como os filmes de Hollywood costumam retratar. O fato é que temos 3 grandes momentos de evolução da IA ao longo dos anos: Redes Neurais, Machine Learning e Deep Learning.
Uma rede neural é um tipo de machine learning composta de unidades interconectadas (assim como neurônios), que processam informações para responder a entradas externas, retransmitindo-as entre as unidades.
Machine learning automatiza a construção de modelos analíticos. Ela usa métodos de redes neurais, estatística, pesquisas de operações e física para encontrar “pontos” escondidos em base de dados gigantes (Big Data), sem ser especificamente programado para olhar um determinado lugar ou chegar a uma probabilidade de conclusão.
Deep learning utiliza grandes redes neurais com muitas camadas de unidades de processamento, aproveitando-se de avanços no poder computacional e em técnicas de treinamento aprimoradas para aprender padrões complexos em grandes quantidades de dados.
O fato que a internet mais acessível e com novas tecnologias tem propiciado uma base de dados rica em processos e serviços que ajudam no aprendizado destas redes.
Estamos falando, por exemplo, de um sistema que analisa milhões e milhões de fotos de uma determinada ferida e consegue com uma certa precisão dar a sugestão para um médico de qual seria a doença existente. Ou mesmo, estamos falando de um carro que consegue identificar placas de trânsito, pessoas, animais e objetos para evitar acidentes.
Estamos vivendo uma época onde os aplicativos podem ajudar idosos a viver melhor e prevenir doenças através de Wearables inteligentes ligados a sistemas que exploram sensores e sinais para “entender” e apontar os melhores caminhos para tratamento ou mudanças de hábitos.
Com uma capacidade de processamento infinita provida pelos sistemas distribuídos em nuvem e com uma base de dados tão quanto infinita, a IA evoluirá cada vez mais fazendo parte do nosso dia-a-dia. Será impossível daqui algum tempo imaginar nossas vidas sem este tipo de recurso. Pessoas e empresas cada vez mais serão dependentes das análises providas através de IA para garantir serviços e produtos.
O futuro está apenas começando e estamos no momento de grande mudança. Uma nova onda que veio para ficar e mudar nossa forma de lidar com as coisas. As empresas que terão sucesso, serão as que primeiro entenderem este movimento.
Adriano Goes, Colaborador desse blog é Ph.D. em Engenharia Elétrica e Telemática
CEO da Oslo Technologies